Na antigüidade, Bohemia se encontrava numa das rotas comerciais seguidas pelos povos do leste para Ocidente segundo tem-se podido deduzir dos restos neolíticos encontrados na zona.
Os Boios são o primeiro povo do que tem-se uma referencia clara, eram uma tribo celta que se estabeleceu na região entre o século V a. C. e o século I d.C. e a eles deve seu nome Bohemia.A partir desta época se sucedem as invasões de diferentes tribos, primeiro os Cuados e os Marcomanos, mais tarde os Eslavos Ocidentais, os Moravos e os Checos e a princípios do século VII, os Avaros, que se agrupam com outras tribos eslavas formando um principado nas terras da Bohemia e Moravia que algo mais tarde caíram baixo o domínio de Carlos Magno.
A decadência do Império Carolingio suponha o inicio da independência já no século IX, começando a denominar-se aos habitantes da zona como Checos, por falarem a língua eslava com variantes de dialetos da Bohemia e a escrita em alfabeto latino.
No século X, o Estado Checo se consolida baixo a dinastia dos Premyslitas, sendo Praga sua capital.
A fundação de Praga têm sua própria lenda. Se cré que foi fundada no século IX como materialização da visão que teve Libuse, uma princesa da tribo Cech, no monte Vysehrad.
Libuse viu uma cidade tão maravilhosa que disse que seu esplendor superava ao das estrelas. A jovem se casou com o lavrador Premysl, que fez realidade seu sonho e fundou a dinastia dos Premyslitas. O Castelo de Hradcany e seu recinto, situados ao outro lado do Moldava, foram construídos pelo primeiro governante Premyslita, o duque Borivoj, no século IX Václav, seu neto e duque da Bohemia, levantou uma igreja dedicada a São Vito dentro do recinto antes de ser assassinado pelo seu próprio irmão no ano 929.
Canonizado depois com o nome de São Wenceslao, este governante se converteu no padroeiro do país.
O castelo de Praga era, em sua origem, uma simples estrutura de madeira rodeada por um fosso. Mas, em 1135, o príncipe Sobeslav levou a cabo uma importante reconstrução convertendo-o numa fortaleza românica cujas muralhas e torres de vigilância protegiam a catedral de São Vito, a Basílica, o Convento de São Jorge, a Residência do bispo e o Palácio Real.
Em 1157 uma enchente destruiu a ponte de madeira que cruzava o Vltava sendo substituída por uma de pedra, ao que se deu o nome de Judite, em honra à esposa do duque Vladislav, primeiro rei da Bohemia.
Neste tempo o bairro do outro lado do rio, denominado Staré Mestoou cidade Velha, se havia convertido num importante centro comercial internacional que fez de Praga a principal cidade da Bohemia com uma vila muito numerosa com uma destacada comunidade judia que vivia confinada após as muralhas de um gueto, no atual bairro de Josefov.
O conjunto da cidade estava rodeado de fortificações, iniciadas ao redor de 1230, que se estendiam ao longo do que hoje em dia são as ruas de Národní, Na prikov (do Fosso) e Revolucní. Em 1257 nasce um terceiro bairro na cidade baixo as ordenes do rei Ottokar II, a "cidade nova", construída aos pés do Castelo de Praga e que hoje em dia se denomina Malá Stranaou Parte Pequena. Esta parte cresceu ao redor da Malostranské námestí, praça formada sobre as últimas terraplanes do castelo, e nela se instalaram vários mercados, lojas e casas de marinheiros, cervejeiros, advogados, médicos e burgueses ricos. Foi construída também uma prefeitura perto da primeira igreja de São Nicolás (1283), e o mosteiro Agostinho de Santo Tomás, na rua Letenská. No século XIV se levantaram nesta zona o convento e a igreja carmelitas de Santa Maria Madalena, na atual Karmelitská.
Carlos IV e a Consolidação de Praga
O monarca mais importante para a cidade durante a Idade Media foi Carlos IV, rei da Bohemia desde 1346 e, posteriormente, soberano do Sacro Império Romano. Este rei se havia formado na prestigiosa Universidade de Paris e desejava converter Praga num importante centro cultural e artístico. Em 1348 fundou uma universidade, a primeira do país, que atraiu estudiosos de toda Europa como Cola di Rienzi e o diplomata da Bohemia, Johanm de Neumark.
Em 1356 a universidade se trasladou ao Carolinum, sua sede atual. Durante o reinado de Carlos IV construíram-se numerosas obras arquitetónicas na cidade velha e remodelaram outros como a igreja de Tyn.
Em Hradcany, o monarca encargo a Mathieu d`Arras e ao famoso Petr Parlér a reconstrução em estilo gótico da Catedral de São Vito. Este bairro se ampliou rapidamente até Loretánská, onde Parlér tinha sua casa, o atual palácio Hrzám e para a zona do monte Petrín, chamada Novy Svet. Carlos IV decidiu também limitar a Parte Pequena com um sistema de fortificações que incluía a "Muralha da fome", projeto de obras públicas destinada a ajudar aos mais pobres da cidade e do que ainda se conserva em parte.
Com a construção da cidade Nova Praga se transformou na maior cidade da Europa medieval. Resulta admirável também por haver sido construída seguindo um projeto prévio no que se planificaram estritamente desde a largura das ruas e a altura das casas, até os materiais de construção utilizados.
A morte de Carlos IV, em 1378, coincide com o inicio do grande cisma de Ocidente, na qual três papas disputavam o controle da cristandade e aumentam as tensões entre os poderes secular e eclesiástico.
A filha de Carlos IV, Ana da Bohemia, casada com Ricardo II da Inglaterra em 1382, fomenta em Praga as idéias reformistas do teólogo inglês Johm Wycliffe, a quem apoiava também Jam Hus, professor da Universidade de Praga que será nomeado em 1402 predicador da recém fundada Capela de Belém.
Neste edifício com aspecto de granjeiro, desenhado assim para por de manifesto o luxo das igrejas góticas, Hus predicava a favor da volta aos preceitos e valores cristãos básicos, a redestribuição dos bens da Igreja e um maior respeito pelas escritas.
Sob o reinado de Wenceslao IV se agudizam as tensões nacionalistas entre checos e alemães. Por outro lado, Jam Hus redobra suas condenas à Igreja o que provoca sua excomunhão. Em 1415, após obter um salvo-conduto do Imperador Segismundo, abandona a cidade viajando a Constanza, Suiza, onde o Concilio da Igreja havia prometido recebe-lo, mas ao chegar ali é preso e condenado à fogueira na qual perece a 6 de julho desse mesmo ano.
Em Bohemia esta traição exacerbou os ânimos. Em 1419, Jam Zelivsky, outro predicador fiel seguidor de Hus, capitaneou a primeira destruição de Praga na qual os habitantes pobres da Cidade Nova assaltaram a Prefeitura e jogaram a vários politicos pela janela.
Em 1420 o Papa Martím V proclamou uma sangrenta cruzada contra os hereges. Os Husitas, com Jam Zizka ao frente, se fizeram fortes ao leste de Praga, onde derrotaram ao exército de Segismundo na Batalha de Vítkov.
A guerra durou vinte longos anos nos que Malá Strana resultou quase destruída. Em 1458, com a subida ao trono de Jorge de Podebrady, partidário dos reformadores, concordou com uma trégua de irregular seguimento. O conflito dinástico, iniciado ao morrer este rei em 1471, se resolveu com a chegada de Fernando I, irmão do imperador alemão, iniciando o reinado dos Habsburgo que se manteve durante quatro séculos.
Os Jesuítas e a Guerra dos Trinta Anos
Fernando I decide, em 1556, valer-se dos jesuítas, as forças de choque da Contra-reforma, para converter aos hereges da cidade.
Durante o século e meio seguinte esta Ordem compra numerosas propriedades na cidade velha que seriam na maior parte destruídas para levantar o Clementinum, construção severa com aspecto de fortaleza, símbolo da moral do catolicismo.
Em maio de 1618 a nobreza protestante, desesperada perante a conduta dos jesuítas, encabeça uma manifestação por Hradcany que finaliza com graves distúrbios durante os que se arrojam a três destacados cortesãos por uma janela do castelo.
Esta manifestação será conhecida como a Segunda Destruição de Praga e a partir deste momento se inicia um dos períodos mais duros da história da Europa moderna, a Guerra dos Trinta anos.
Em 1620 as forças católicas do imperador derrotam a seus oponentes na Batalha da Montanha Branca e ocupam a cidade executando aos dissidentes, entre eles, os 27 nobres protestantes que tinham dirigido a revolta.
Com o fim da guerra em 1648 os Habsburgo recuperam o poder. O governo austríaco converte a Bohemia em mais uma província, se confiscam os bem da nobreza protestante e se empreende uma política de germanização que reprime duramente qualquer mostra de cultura nacional.
Em Praga, os
A época barroca e o mecenato dos Habsburgo
O governo Habsburgo acabou com as aspirações nacionalistas do povo checo, não obstante serviu para que Praga se convertera na jóia barroca da coroa Austríaca.
Contribuíram a ele artistas italianos, alemães e nativos como os grandes arquitetos bávaros Christoph e Kiliam Dientzenhofer que executaram numerosos projetos e desempenharam um importante papel na ampliação do Clementinum, a edificação de Nossa Senhora de Loreto e a reconstrução do Castelo.
Giovanni Alliprandi desenhou os palácios Hartig e Kaisersteim da Parte Pequena e o Palácio Sternberg de Hradcany, enquanto - Frantisek Kanka foi responsável pelo Palácio Cerním do monte Petrín, assim como de algumas partes do Clementinum e do projeto das Praças Vrtaba de Karmelitská.
Também os escultores deixaram suas reproduções, Ferdinand Brockoff e Bernhardt Braum executaram muitas das melhores estátuas da ponte de Carlos, enquanto que Johanm Bendl acrescentou várias esculturas à fachada de São Salvador em Krízovnié námestí. Como pintores destacam Karel Skréta, F. Q. Voget, V. V. Reiner e J. L. Kracker, cujas obras adornam os muros e tetos das igrejas barrocas mais suntuosas de Praga.
Algumas das melhores obras de Skréta encontram-se na galeria do Convento de São Jorge.
O mecenato Habsburgo introduziu também a música em Praga. Haydn deu concertos de órgão, Beethoven a visitou em 1796 e Mozart estreou em Praga em 1787 "Dom Giovanni" no teatro Nostitz (Stavovské) e 1791 supervisa a produção de uma nova ópera, a Clemenza de Tito, encarregada por Leopoldo II para sua coroação como rei da Bohemia. A coroação de Leopoldo foi um intento de aplacar à nobreza Bohemia que suportava cada vez pior o governo austríaco.
O Nacionalismo Checo
A imposta influência alemã em Praga a princípios do século XIX, dominando a administração, batizando as ruas com nomes alemães e considerando o alemã como idioma da boa sociedade, consegue começar os movimentos independentistas uma vez que a industrialização cria uma classe trabalhadora checa e esta se une aos estudantes e aos intelectuais liberais. A situação alcançou o ponto álgido durante as revoluções de 1848 que foram sufocadas violentamente pelo exército.
O governo Habsburgo se manteve permitindo que os checos e as outras minorias étnicas do extenso Império recuperasem sua língua e suas instituições. Em 1881 se inaugurou em Praga um teatro checo e, em 1890, um museu nacional. Não obstante, no que à autonomia política se refere, apenas teve progresso antes da Primeira Guerra Mundial.
A Primeira Guerra Mundial
Áustria - Hungria participou no conflito bélico do lado de Alemanha e os checos se viram obrigados a fazer o mesmo. Em 1915, um professor de filosofia exilado, Tomás Masaryk, convenceu aos checos e eslovacos a organizar-se contra o poder central à vez que, no frente, milhes de soldados checos se passavam ao bando russo. Se criou uma legião especial checa que começou a combater do lado dos aliados, o que bastou para que gran Bretanha e França prometessem a Masaryk a independência de seu país. A promessa se cumpriu e o 28 de outubro de 1918 se proclamou no Obecní dum, sede da prefeitura de Praga, a República de Checoslovaquia.
Porêm, o novo Estado sofreu desde o princípio o conflito entre checos e eslovacos, e entre os primeiros e as demais minorias do país, alemães, húngaros e polonês. A tensão contenida no sudeste, vila de três milhões de alemães a quem as grandes potências tinham frustrado a esperança de unir-se a Austria, se converteu em oposição quando a crise econômica golpeou a região altamente industrializada que habitava. Hitler potenciava seu acercamento ao Reich e o governo checoslovaco, presidido por Benes, fez algumas concessão, si bem seguiu mantendo-se firme. Porém, a retirada do apoio francês em Munich em setembro de 1938 supôs que seis meses depois o exército alemão ocupara Praga. Esta ocupação nazi foi nefasta sobre tudo para os judeus, o noventa por cento de habitantes do gueto de Praga, mais de 60.000 pessoas, pereceram em campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Mesmo o Exército Vermelho cruzando os Cárpatos em outubro de 1944, Praga foi a última capital européia liberada. Seu inestimável patrimônio artístico ficou milagrosamente intacto apesar dos combates. Uma parte da República Checa foi liberada pelo exército dos Estados Unidos.
A Época Comunista
O Partido Comunista Checoslovaco aproveitou a corrente pro-soviética, que recorreu o país depois da guerra, para obter quase o 40 por cento dos votos nas eleições livres celebradas em 1946. Em maio de 1948 os comunistas assumem o poder apresentando uma constituição tão sem sentido que provoca a demissão do anterior presidente, Benes. Klement Gottwald é nomeado novo presidente, e o ministro de assuntos exteriores, Jam Masaryk aparece morto no pátio do Palácio Cerním de Praga.
Gottwald e seus sucessores transformaram Checoslovaquia num estado totalitário e satélite da união Soviética. Se nacionalizou a industria, foi coletivizada a agricultura e se obrigou aos checos a votar em favor da entrada no Pacto de Varsóvia.
Nos anos sessenta começaram a exigir pequenas trocas políticos e econômicos desde o próprio Partido Comunista. Em janeiro de 1968, Antoním Novotny, partidário da linha dura, foi substituído no cargo de secretário do partido pelo reformista Alexander Dubcek, cujo lema era: "socialismo de rosto humano". Durante a primavera de Praga os checos desfrutaram de uma liberdade que não conheciam desde mais de trinta anos, mas os soviéticos ao ver trocas tão audazes como a supressão da censura, a reabilitação de antigos dissidentes e a posta em dúvida da ortodoxia econômica e o papel dirigente do Partido acabaram com esta breve apertura entrando com seus tanques em Praga a 21 de agosto de 1968.
A Revolução de Veludo
Durante os vente anos seguintes, Checoslovaquia foi governada duramente por Gustáv Husák que expulsou do Partido Comunista a uma terceira parte de seus membros, despediu a mais de um quarto de milhão de funcionários e provocou o exílio de mais de 50.000 checos enquanto que aos mais destacados intelectuais lhes proibiu exercer sua profissão. Esta situação provocou graves incidentes como o acontecido a 6 de janeiro de 1969 quando um estudante de filosofia de vinte anos, Jam Palach, se prendeu fogo na Praça São Wenceslao seguido seis semanas depois por Jam Zajíc que seguiu seu trágico exemplo. Outros, como o dramaturgo Václav Havel, tomaram outro tipo de medidas, em 1977 se fundou o movimento da Carta 77 para controlar as atividades do Governo e força-lo a cumprir os acordos de Helsinki sobre os direitos humanos. A aparição na URSS de Mijail Gorbachov nos anos oitenta com uma política aberta remove também aos países satélites dando como fruto os tumultuosos acontecimentos de 1989, quando toda a Europa do leste se libera da influência soviética.
Na República Checa, este período se conhece como a Revolução de Terciopelo. O 17 de novembro de 1989 15.000 pessoas se congregam em Vysehrade no aniversário da morte do estudante Jam Opletal durante a ocupação nazi. Os manifestantes se dirigiam à Praça São Wenceslao quando a policia cortou-lhe o caminho deixando que várias unidades de boinas vermelhas atirassem contra eles. Os atores e empregados de teatro responderam convocando uma greve que converteu os cenários em foros de debate político dos que surgiu o Foro Cívico nascido no teatro Drama Clube. A este grupo se unem rapidamente os estudantes, grupos de manifestantes com velas recorriam constantimente o centro da cidade, e os discursos políticos eram contínuos resultando especialmente emotivos o momento em que a cantora proibida Marta Kubisová cantou o hino nacional perante um público extasiado e a reaparição do antigo herói Alexander Dubcek. Estes fatos provocaram que o Governo e o Partido se abrissem ao diálogo. Em 26 de novembro os dirigentes do Foro Cívico e o Comitê Central do Partido iniciam as conversações que dará como fruto a 1 de janeiro de 1993 a divisão pacífica da República de Checoslovaquia em dois novos estados, a República Checa com Praga como capital e Eslovaquia.
CRONOLOGIA DOS EVENTOS MAIS IMPORTANTES DA HISTORIA TCHECA
por volta de 500 Chegada dos eslavos
entre 833-906 Império da Grande Morávia
?-889/890 Borivoj da família dos Premislidas
924-929/35 Sao Venceslau - Padroeiro da Boemia
973 Fundaçao do episcopado de Praga
982-997 Sao Adalberto, bispo
995 Unificaçao do país sob os Premislidas
1061-1092 Vratislau II, o primeiro rei da Boemia, desde 1085
1197-1230 Premysl Otakar II, rei hereditário da Boemia
1306 Assassínio de Venceslau III, último Premislida
1310 Chegada dos Luxemburgos ao trono - Joao de Luxemburgo
1346-1378 Carlos IV, rei da Boemia e Imperador do Sacro Império Romano-Germânico
1415 Mestre Joao Hus queimado vivo em Kostnice
1419-1434 Guerras hussitas
1458-1471 Jorge de Podebrady, único rei checo nao proveniente de família real
1471-1526 Dinastia dos Jageloes
1526 Chegada dos Habsburgos ao trono checo (até 1918)
1546-1547 Rebeliao contra os Habsburgos
1576-1611 Rodolfo II - últimos dias de Praga como residencia real
1618-1620 Sublevaçao dos Estados checos contra os Habsburgos
1621 Execuçao dos chefes da sublevaçao e começo da Contra- Reforma
1648 Invasao sueca de Praga
1740-1780 Maria Teresa (mae de Maria Antonieta)
1792-1835 Francisco I - guerras napoléonicas
1805 Batalha dos tres Imperadores em Austerlitz (Slavkov), Morávia
1835-1848 Fernando V
1836 Última coroaçao real em Praga
1848 Ano revolucionário
1848-1916 Francisco José I
28-6-1914 Atentado em Sarajevo - morte de Francisco Fernando d´Este, herdeiro do trono austro-húngaro
28-10-1918 Proclamaçao da Independencia da República Tchecoslovaca
1918-1935 T.G.Masaryk - Presidente da República
1938 Tratado de Munique sobre a anexao dos Sudetas pelos alemaes (Hitler, Mussolini, Chamberlain, Daladier)
15-3-1939 Ocupaçao da Boemia e Moravia
1945-1948 Edvard Benes - Presidente da Tchecoslováquia
1948-1989 Tchecoslováquia sob regime totalitário
1990 Eleiçoes livres
1993 Divisao da Tchecoslováquia e criaçao da República Tcheca
1999 Entrada ao OTAN
2004 Entrada ao UE
Primavera de Praga
A Primavera de Praga foi um movimento encabeçado pelo líder comunista Alexander Dubcek para "humanizar" o Partido Comunista na Tchecoslováquia que, na época, desagradou a ex-União Soviética (URSS) e os partidários do ditador Jósef Stalin.Dubcek assumiu o governo da Tchecoslováquia em janeiro de 1968 e promoveu reformas políticas, sociais, econômicas e culturais. Ele pretendia criar um socialismo com "face mais humana", no qual todo membro do Partido Comunista teria o dever de agir segundo sua própria consciência, e não apenas de acordo com o que ditava o regime socialista de Moscou.
Ao mesmo tempo, a Tchecoslováquia (hoje República Tcheca) se aproximava economicamente da Alemanha Ocidental, o que se mostrava contra os interesses soviéticos. A ex-União Soviética se mostrou absolutamente contrária às mudanças, apoiada pela Polônia e pela Alemanha Oriental.
Em 20 de agosto, as tropas da ex-URSS e do Pacto de Varsóvia invadiram e ocuparam a Tchecoslováquia, em uma tentativa de reprimir o movimento reformista. Praga foi invadida por 650 soldados soviéticos e dos países do Pacto de Varsóvia. Em uma semana, a Primavera de Praga foi esmagada pelas tropas. A população reagiu à invasão pacificamente, com métodos de improvisação --as placas das ruas foram modificadas para que os soviéticos se perdessem.
A vida continuava como se as tropas do Pacto de Varsóvia não estivessem em Praga, apesar do corte nos meios de comunicação, da falta de suprimentos e da ausência de liderança. Em janeiro de 1969, um estudante Jan Palach cometeu suicídio em protesto contra as violações da independência nacional. A linha dura do partido se fortaleceu e Gustáv Husák substituiu Dubcek, em 17 de abril de 1969. Ele propôs a normalização das relações da Tchecoslováquia com a ex-URSS.
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